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Os contêineres são utilizados para o transporte de mercadorias em todo o mundo e por normas de segurança do setor são descartados após anos do uso original. O seu aproveitamento em obras é altamente sustentável, evitando os cemitérios de contêineres e com economia de recursos naturais, permitindo obras limpas. Possibilita ainda a preservação de relevos naturais, sem interferências drásticas. Produzidos em aço resistente e padrão  de 6 e 12 metros, permitem a modulação e o empilhamento, facilitando transporte e planejamento da construção. Conforto térmico e acústico, captação de água de chuva, painéis solares e teto verde são resolvidos à semelhança das construções em alvenaria, com mão de obra especializada, e sem impactar o custo final da obra.

Uso de contêineres na Arquitetura

O arquiteto Cioli Stancioli projetou um loft em estilo industrial utilizando três contêineres em 89m² de construção. Manteve-se o piso original de compensado naval e o teto aparente com chapa original. A cobertura externa foi feita em manta térmica e telha sanduíche para proteção térmica e acústica. O loft abrigou espaços integrados para estar, leitura e música. Sob a ampla janela com estrutura de alumínio e vidro com folhas fixas e deslizantes projetou-se a sala de música/leitura e home office, com painéis em MDF e estofados com forração em tecido PET, móvel desenhado pelo arquiteto para velhos LP´s, fotografias e esculturas assinadas.

Uso de contêineres na Arquitetura

A cozinha recebeu armários em MDF, fogão cooktop e bancada em pedra encaixada em aço com perfil “i” (resíduo de obra reaproveitado) e ampla bancada para refeições. Mesa redonda em vidro e cadeiras em couro compuseram o espaço do jantar. Pequeno espaço sob janela abrigou bancada em pedra com bojo esculpido e eletroeletrônicos. Uma pequena área em L com forração em MDF e porta de acesso à área de serviço foi executada com piso em mármore, tanque esculpido em pedra, máquina de lavar e armários. O banheiro social, recebeu piso em mármore e bancada em pedra com bojo de sobrepor, montados em estruturas de aço tubular com roldanas, em estilo industrial. Janelas do quarto e banheiro da suíte foram estruturadas nas antigas portas.

Uso de contêineres na Arquitetura

Cama box com painel de forração em lona, poltrona de leitura e banqueta em couro compuseram a suíte. No banheiro optou-se por porta de vidro em estrutura metálica e piso em mármore. A bancada em pedra com bojo de sobrepor foi montada em aço tubular com roldanas, em estilo industrial (desenho do arquiteto). A banheira em resina garante o relaxamento.

Uso de contêineres na Arquitetura

A forração interna dos contêineres foi executada com chapas cimentícias BRASILIT. A versatilidade do produto permitiu um alinhamento perfeito na forração, sem utilização de juntas ou pintura, em acabamento final, com excelente custo/benefício. As placas cimentícias foram utilizadas para forração das salas, quarto, banheiros e área de serviço. Parafusadas em perfis de aço, com parafuso de cabeça sextavada aparente, o alinhamento horizontal e vertical das placas gerou um “ritmo”. A cor acinzentada das mesmas reforçou o estilo industrial do loft, mantendo a sua elegância e proposta original.

Por Edel F. B. Stancioli

SAIBA MAS SOBRE OS NOSSOS PROJETOS PARA EMPRESAS CORPORATIVAS:

Um dos projetos que mais gostamos de fazer no escritório Cioli Stancioli Arquitetura e Design é o corporativo. Nós somos desafiados a pensar em espaços compartilhados que visam estimular a criatividade, produtividade e bem-estar para todos que utilizam. No momento da pós-pandemia, o nosso trabalho se tornou ainda mais importante, e foi preciso entender os ambientes das empresas corporativas como locais sociais e tivemos que humanizá-los, buscando promover uma maior integração entre as pessoas.

Além de pensar e remodelar todo o espaço, nós oferecemos também a criação de produtos de design, como papeis de parede e ladrilhos hidráulicos personalizados. Também realizamos parcerias para oferecer os melhores e mais modernos itens de mobiliário, iluminação e materiais de construção.

No caso do Mobiliário, nós trabalhamos com a MOBILIA que representa a FLEXFORM que atualmente fornece ao nosso escritório móveis e produtos de excelente qualidade para escritórios | corporativos.

Em nosso escritório Cioli Stancioli Arquitetura e Design, entendemos as necessidades desse novo mundo corporativo e estamos prontos para atender cada cliente que deseja fazer diferente no pós-pandemia.

Por Edel F. B. Stancioli

No Século VIII as grandes construções gregas eram feitas com pedras, mármore e calcário. A este período seguiu-se a Arquitetura Renascentista da Itália do século XV ao XVII, quando o mármore foi amplamente utilizado no interior de residências e templos.

As sobras do mármore eram utilizadas por artesãos, assentadas em cimento nos grandes Terrazzos, que emprestaram o seu nome a este novo revestimento, ao qual se juntaram posteriormente fragmentos de quartzo e granito. No Brasil, vindo com os Imigrantes, o revestimento recebeu o nome de Granilite ou Granilha, muito presente na Arquitetura Modernista da década de 40, revisitado hoje em tecnologias diversas que permitiram a expansão de seu uso.

Da sua origem no período Renascentista que primava pelo uso da matemática, da proporção, do equilíbrio, da simetria e beleza, o Escritório Cioli Arquitetura e Design desenvolveu para a Dalle Piagge, a Linha Equilibrio utilizando a granilha de pequena granulometria, nas cores Preto e Branco, tamanho 10 x 20cm, primando pela elegância, beleza e versatilidade em seu uso e combinações. Equilibrio homenageia grandes mestres renascentistas, cujas cidades natais dão nome aos três ladrilhos: Anchiano – Leonardo da Vinci, Caprese – Michelangelo e Urbino – Rafael Sanzio­.

Por Edel F. B. Stancioli

O Banheiro Público, projetado para a Casa Cor Minas 2022, foi ambientado no Jardim do Palácio das Mangabeiras, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Esse local se destaca por abrigar uma área ao ar livre com mais de 12 mil metros quadrados aos pés da bela Serra do Curral. Composto de quatro toaletes, uma das quais com acessibilidade, o Banheiro Público foi projetado em 60m², onde se contemporizou o espaço já ocupado por quatro imponentes árvores. A volumetria do ambiente foi estruturada com fechamento em Steel Frame e panos de vidro, em integração com a natureza do entorno. Parte da forração externa foi executada em alvenaria com acabamento Brick, dando um ar novaiorquino à construção, iluminada por arandelas circulares com LED. No interior da estrutura foi criada uma iluminação zenital com teto de vidro, gerando um universo particular para cada uma das quatro cabines.

Painéis de vidro compuseram ainda a parte posterior das cabines e foram recobertos por película jateada, recebendo pontos focais de iluminação noturna vindas de holofotes do exterior, gerando luz suave e homogênea. A forração lateral interna das cabines foi executada em MDF amadeirado Rovere Maçala Duratex®, utilizado também nas portas. O piso interno das cabines foi executado em porcelanato Cappuccino DBW Nat 19x117x1cm da marca Portinari®. Cada uma das três cabines recebeu metais e louças na cor preta, DECA®. A cabine de acessibilidade recebeu louças brancas e metais na cor prata, DECA®. O piso da parte externa, hall que recebeu os lavatórios, foi executado em porcelanato também da marca Portinari modelo Raritá BL 1,20 x 1,20m (desenvolvido com base na Sodalita, mineral azulado com veios em tons oxidados).

A bancada esculpida recebeu mesmo material do piso em formato zig-zag, desenho autoral do arquiteto. Foram utilizadas cubas de apoio retangular na cor preta e torneiras de bica alta black matte, ambas Jader Almeida para DECA®. Espelhos redondos foram fixados por estrutura metálica na bancada (desenho do arquiteto), aos quais foram acopladas luminárias circulares em alumínio de 80 cm de diâmetro, iluminadas por LED, criando um efeito cênico. Internamente, a alvenaria foi forrada por papel de parede listrado em preto e branco. Para descanso e espera no ambiente multiusuário, o charmoso Banco Thomé foi desenvolvido pelo arquiteto com estrutura em aço e pintura eletrostática na cor preta, com assento em tecido bouclé.

O Palácio das Mangabeiras, com estilo Arquitetura Moderna Brasileira, foi a residência oficial dos Governadores do estado brasileiro de Minas Gerais, com projeto de Oscar Niemeyer e construção iniciada em 1951 e inaugurada em 1955. Este patrimônio estadual e sua área livre de proteção ambiental foi transformado em um centro cultural aberto à população após a edição Casa Cor Minas Gerais 2022, voltado para a promoção do lazer e da cultura, em local com grande relevância histórica e cultural para Minas Gerais. O Banheiro Público permanece agora agregado a este centro cultural mineiro.

Texto referente ao artigo publicado na plataforma ArchDaily: https://www.archdaily.com.br/br/1003218/banheiro-publico-no-palacio-das-mangabeiras-cioli-stancioli-arquitetura-e-design?ad_source=search&ad_medium=projects_tab

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